As escolas estão mudando? A sociedade já mudou!

As escolas estão mudando? A sociedade já mudou!

Grandes eventos trazem consigo grandes transformações. Foi assim ao final das Guerras Mundiais e de várias pandemias, que moldaram um novo sujeito, novas relações e uma nova sociedade.

 

Algumas das mudanças que fomos obrigados a fazer em 2020 seguirão sendo a norma daqui para a frente. Um dos campos mais atingidos por essas reformulações é o das relações de trabalho e, junto a isso, as formas de aprendizagem necessárias para um novo paradigma profissional.

 

O trabalho em Home Office, que, num primeiro momento, parecia facilitar nossas vidas por podermos ficar no aconchego de nossas casas, mostrou-se difícil. Ele exerce uma pressão maior sobre o profissional, impõe um isolamento e limita a cooperação, a criatividade e até a comunicação. Muitas empresas seguirão neste formato pela otimização de custos e de tempo, o que fará muitos profissionais seguirem neste modelo.

 

Com o distanciamento físico, as empresas precisarão investir em  espaços e momentos de trocas para suas equipes continuarem compartilhando ideias e se sentindo motivadas. Aprender a trabalhar com metas, prazos e prioridades será mais importante que “fiscalizar” as horas trabalhadas.

 

A qualificação profissional sofrerá mudanças. Se antes títulos de doutorado ou de mestrado garantiam boas colocações, hoje as empresas valorizam a educação continuada (continuous learning) e buscarão profissionais que têm curiosidade e desejo de querer aprender sempre.

 

Mas de onde virão estes profissionais? Se o mercado de trabalho está mudando, ou já mudou, as escolas também não deveriam mudar? A instituição escola precisa repensar e ampliar suas “ensinagens” para oferecer espaço de construção deste novo sujeito: um indivíduo que tenha mais estrutura, que saiba se organizar e planejar e que não seja, apenas, um mero executor de tarefas. Nossas crianças necessitam aprender a ter resiliência, a lidar com frustrações, a gerenciar a ansiedade e, para isso, precisam fazer brincar estes corpos presos nas telas, corpos que não se sujam há tempos, que não correm soltos por aí.

 

Nossos jovens devem saber pensar, tomar decisões, arcar com consequências, ter projetos de vida e, para isso, precisam aprender a refletir, a dialogar, a interagir com o outro numa relação de cooperação.

 

As salas de aula precisam promover mais movimento para que todas as experiências sejam possíveis e os futuros profissionais do mercado em constante mudança sejam mais criativos, críticos, comunicativos, menos competitivos e mais cooperativos.

 

Janete Cristiane Petry

Psicopedagoga do Espaço Dom Quixote.

11 de Fevereiro de 2021

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