Autoestima na infância

Autoestima na infância

A autoestima se constrói ao longo da vida, mas enquanto somos crianças estamos formando a nossa base e os cuidadores têm papel de grande importância nesta formação. Uma boa autoestima tem um valor significativo na nossa vida, principalmente para os momentos mais difíceis e desafiantes.

As crianças precisam de afeto, aprovação e reconhecimento junto aos cuidadores e quando algum é privado, a criança sofre com isso, causando um desequilíbrio emocional. Como adultos, devemos lembrar que a criança erra, tenta, erra, tenta, erra e até que consegue, então vai aprimorando as habilidades, exemplo: caminhar, processo que inicia com o sentar, engatinhar, caminhar com apoio e o caminhar. Uma boa autoestima não é o adulto ficar elogiando a qualquer momento e sem significado, o melhor é pelo exemplo, a criança observa como o adulto enfrenta os seus desafios.

Cuidado ao comparar um filho com o outro – isso prejudica a individualidade de ambos, fale de maneira mais ampla, exemplo: quarto bagunçado – peça para ele organizar tudo, facilitará quando precisar de algo e não falando que ele é bagunceiro.

Dizer que vai embora, se ele não se comportar – essa frase se repetida em situações mais difíceis, pode reforçar a ideia de abandono e como consequência, a criança pode se tornar mais submissa e até mesmo agressiva em função dos sentimentos contraditórios que sente.

Chamar o filho de bebê e que sempre vai ser o bebê da casa – as crianças precisam sentir-se seguras para crescer e o apoio dos pais é crucial para esse desenvolvimento, valorize as pequenas conquistas e sim, seu filho cresce rápido, mas as novas conquistas também são importantes.

Solicitar uma tarefa à criança, mas fazer por ela – pode passar a sensação de ser incapaz, isso prejudica o seu desenvolvimento, os pais podem auxiliá-los, mas só com a prática o seu filho conseguirá realizar corretamente.

Elogiar demais não faz bem, pode ser difícil ler isso, mas o excesso de elogio pode passar uma imagem negativa à criança. Pode ser em relação a autoimagem, valorizando apenas o físico, ela pode se frustrar quando vai percebendo que ela não é só isso e até mesmo desvalorizar os amigos por serem diferentes.

É difícil para as famílias encontrarem dicas, manuais do que vai dar certo ou não, cada família deve sentir o que funciona e colocar em prática. Nos dias atuais, onde enfrentamos grandes desafios, os adultos estão fragilizados e uma boa autoestima ajuda a passar por estas etapas.

Contribuição da Psicóloga do Espaço Dom Quixote, Fernanda Rizzardo

22 de Outubro de 2020

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